Bolsa Alimentação
A bolsa alimentação é um benefício cedido por órgãos públicos, universidades e empresas (com o nome de vale-alimentação) para famílias, estudantes com baixo poder aquisitivo e para funcionários que trabalham em cargos com carga horária de dois turnos.
Programa Bolsa Alimentação
O benefício mais conhecido no auxílio à alimentação é o programa Bolsa Alimentação, instituído pelo Ministério da Saúde, no ano de 2001. Unidos, antigos programas do governo como o Bolsa Escola, Cartão de Alimentação e Auxílio Gás se transformaram no Bolsa Família, que beneficia 45 milhões de pessoas em todo o Brasil
O programa, com foco na alimentação, fomenta a avanço das condições de saúde e nutrição de famílias com rendas de até R$ 90 ou sem qualquer renda, com membros gestantes, crianças recém-nascidas e em risco nutricional. Para essas famílias é cedido um valor que complementa a renda destinada à alimentação. Uma das diretrizes do benefício é tornar as famílias mais preparadas sobre formas de melhorar suas condições nutricionais, além de ações primárias de saúde para prevenir doenças e óbitos.
Cada família recebe um valor pago mensalmente através de cartões magnéticos. As famílias cadastradas devem fazer consultas médicas, de pré-natal, vacinar os bebês e crianças regularmente e estimular o seu desenvolvimento físico e educacional.
Bolsa Alimentação para estudantes
Após a aprovação em um curso de graduação no ensino superior, a maioria dos estudantes em situação de vulnerabilidade econômica ou oriundos de cidades distantes ao campus sentem algumas dificuldades em se manter na universidade.
Essas universidades, geralmente públicas estaduais ou federais, costumam oferecer programas para atender estudantes universitários de baixa renda familiar. Nas particulares as iniciativas, nesse sentido, ainda são raras.
Os benefícios são, na maioria das instituições, relacionados à moradia e alimentação. A intenção dos auxílios é favorecer e garantir a permanência dos estudantes, conclusão do curso de graduação em tempo regular e a melhoria do rendimento acadêmico.
A bolsa alimentação, especificamente, garante a gratuidade integral ou parcial das despesas em restaurantes universitários ou qualquer tipo de alimentação dentro da instituição.
Vale-Alimentação
Também chamado de “vale-refeição”, o benefício é destinado a funcionários de uma empresa. Diferente do vale-transporte, não é uma obrigação legal do empregador e vale como um acordo, previsto em contrato, entre ambas as partes. Mas uma vez concedido pelo empregador passa a valer como uma obrigação legal até o fim do vínculo profissional.
Problemas com a alimentação no Brasil
A maior parte dos beneficiados do Bolsa Família – cerca de metade das crianças e 43,6% das mulheres – residem na região Nordeste. Um dos principais objetivos do programa é diminuir as desigualdades regionais.
A região apresentava um dos maiores índices de desigualdade, e consequentemente, fome em todo o país. Mas, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil deixou de integrar o Mapa Mundial da Fome, com apenas 1,7% da população ainda em situação grave e com problemas alimentares. A porcentagem representa 3,4 milhões de pessoas de uma população atual de 200 milhões.
A Organização relatou ainda que entre 2001 (ano de criação do Bolsa Alimentação) e 2012, o Brasil reduziu significativamente seu nível de pobreza, de 24,3% para 8,4%, o que antecipou o cumprimento das metas do programa “Objetivos do Milênio”, criado pela ONU.
Entre 2008 e 2015, as crianças brasileiras cresceram entre 0,7 e 0,8 cm, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). O fator altura é o indicativo mais confiável para constatar a melhoria no nível nutricional da população e um sinal de boa alimentação.