Amil Compra Medial
O ramo especializado em Planos de Saúde do Brasil passou por fortes mudanças no ano de 2009. A operadora de planos de saúde Amil comprou mais da metade das ações de uma das suas maiores concorrentes diretas, a Medial Saúde, passando a liderar este segmento de mercado, a nível nacional.
A venda estimada em aproximadamente 612,5 milhões de reais é responsável pela aquisição de 36,22 milhões de ações ordinárias, ou seja, aquelas que dão o direito ao voto. A Amil passou, então, a ser a responsável por 52% de todo o capital da Medial Saúde.
Desde 2008, havia especulação no mercado sobre as negociações entre as duas empresas em questão. Entretanto, ambas negavam que houvesse qualquer assunto a este respeito. A desconfiança entre o meio voltou a circular no final do ano, quando houve a substituição no cargo presidencial da Medial Saúde, saindo Emílio Carazzai e entrando Henning Von Koss.
Para ser efetivada a compra, o negócio deveria passar por aprovação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão responsável por regulamentar o setor de planos de saúde.
Opinião dos Órgãos sobre a fusão
Por se tratar de uma compra milionária e que envolve diretamente o direito dos consumidores desta área, a compra da Medial pela Amil deveria passar pela aprovação de alguns órgãos governamentais.
A ANS, após análise de toda a documentação, aceitou como regular a aquisição feita pela Amil. Os critérios utilizados pelo órgão foram: a capacidade financeira da Amil para honrar com o compromisso da compra, o registro das duas operadoras junto a Agência Nacional de Saúde Suplementar e a garantia de que os consumidores de ambas as prestadoras de serviços não seriam afetados com a venda.
Já, em 2011, a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda, aprovou a fusão entre as empresas, desde que algumas restrições fossem seguidas, para que não gerassem problemas em relação à concorrência.
Uma das preocupações da Seae era a cláusula contratual que estabelecia regras para não haver concorrência entre a Medial e a Amil. Na opinião da secretaria, a cláusula deveria limitar-se aos mercados que a Media atuava.
Apenas em 2013, o Conselho Adminstrativo de Defesa Econômica (Cade) deu o seu parecer sobre esta compra. Após intensa análise dos documentos entregues pela Amil e Medial, seguido dos documentos entregues pela Secretaria de Acompanhamento Econômico, o Cade aprovou sem restrições a compra da operadora. Entretanto, foi aceito o pedido de retirada da cláusula de concorrência, pela Seae. Os demais pareceres da Secretária foram considerados inválidos e, portanto, mantidos no contrato.
Apesar da aceitação unânime do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, a fusão entre as duas empresas causaram certo temor, no sentido que outras associações entre planos de saúde possam causar problemas futuros.
Opinião dos usuários da Medial
Para a grande maioria dos clientes da Medial Saúde, a compra realizada pela empresa Amil não trouxeram maiores problemas em relação a prestação de serviço. Todavia, em sites de reclamações do consumidor é possível encontrar alguns descontentamentos sobre a falta de informações sobre as mudanças no plano e dos hospitais que fazem o atendimento.
Para você, cliente da Medial, que possua dúvidas em relação aos serviços de seu plano de saúde, é possível encontrar as informações principais sobre esta compra no site das duas empresas.