Paraty – Rio de Janeiro
As primeiras notícias do povoado das praias de Paraty remontam o século XVI, aproximadamente no ano de 1597, ano em que se deu a passagem das expedições de Martim Correa de Sá. Os primeiros povoados se constituíram no Rio Perequê-Açu, a primeira construção foi de origem religiosa e conhecida como Capela de São Roque. O centro histórico foi estabelecido através de uma sesmaria que exigia a construção de uma capela para Nossa Senhora dos Remédios.
Em Minas Gerais foi descoberto o ouro e o caminho para esta localidade se dava a partir de Paraty, por uma trilha indígena ornamentada com pedras irregulares conhecida como Caminho do Ouro. Porém, em 1710 houve a proibição da utilização deste caminho, havendo então a construção de uma estrada direta que ligava o Rio de Janeiro a Minas Gerais. A vila acabou perdendo o movimento e o comércio, que voltou a culminar com cultivo de cana-de-açúcar e a produção de aguardente, Paraty passou então a ser conhecida como a maior produtora de aguardente da época.
Patrimônio Histórico
A cidade situada no litoral do Rio de Janeiro e considerada patrimônio histórico do Brasil, possui além da conservada arquitetura, todo o encanto e as belezas que foram preservados ao longo desses anos todos. Quem tem o privilegio de conhecer e passear pelo Centro Histórico de Paraty pode contrapor os dias atuais com toda a beleza e preservação da época dos engenhos e dos senhores feudais. Durante o século XVIII foi palco de toda a trajetória de ouro e pedras preciosas que iam para Portugal, passando pelas calçadas de pedras atualmente conhecidas como ‘pés-de-moleque’.
Devido às belezas naturais, Paraty passa a ser considerada pólo turístico na década de 70 com a abertura da Estrada Paraty – Cunha e logo em seguida também com a construção da Rodovia Rio – Santos.
Dentre as maravilhas de Paraty encontram-se muitas matas e áreas de preservação ambiental como: o Parque Nacional da Serra de Bocaina, a Área de Proteção Ambiental Cairuçú, a Reserva da Joatinga e o Parque Estadual da Serra do Mar.
A Maçonaria
Paraty foi urbanizada por maçons e sua arquitetura remete muito aos costumes desses povos, por exemplo, no azul e branco chamado também de azul – hortência no qual estão cobertas a maioria das portas e janelas das casas. Outro ponto que remete a esta aura mística está no fato do primeiro padroeiro da cidade ser São Roque, um santo que apreciava o misticismo e o esoterismo.
A maçonaria teria se instalado em Paraty no século XVIII, porém nesta época a cidade já possuía um idealizador para as ruas, casas e praças que constituía linhas tortas às suas construções. Embora ele tenha explicado que isto acontecia para evitar o vento encanado e distribuir melhor a luz do Sol há quem acredite que isto se dava devido aos três pilares de pedra lavrada que foram colocadas para fazer alusão ao triângulo maçônico e complementar as outras construções.
A simbologia maçônica está muito presente em toda a cidade de Paraty. Desde a proporção dos vãos entre as janelas das casas da cidade que constituem um retângulo áureo de concepção maçônica, até as plantas das casas que possuem em vários aspectos o número 33 que possui forte influencia maçônica também, já que o numero 33 se encontra também na quantidade de quarteirões e fiscais dos mesmos.